Sua manifestação de fé não quer dizer nada se a sua manifestação de vida não reproduzir os valores que você prega.
Você fala sobre amor, mas guarda em seu coração o rancor.
Você fala em perdão, mas anda por princípios de vingança.
Você fala de compreensão, mas vive apontando para seu vizinho e seus defeitos.
Valores não têm valor se não forem aplicados. É como dinheiro que, enquanto está na carteira, não serve para nada.
Aliás, você fala sobre generosidade, mas sua mão continua crispada, guardando o vil metal.
Falamos de fraternidade, igualdade, liberdade, amor, mas vivemos inveja, separação, julgamento, ódio e rancor.
Quais são nossos valores verdadeiros?
Andamos com as bíblias, torás, alcorões, evangelhos segundo o espiritismo, sutras ou o livro sagrado que seja debaixo do braço, bem ao lado do coração, talvez para tentar convencer-nos a nós mesmos que estamos vivendo segundo os princípios pregados ali.
Existe uma distância entre falar e viver. Discurso e ação estão tão distantes quanto Brasil e Japão.
Pense por um instante em todos os momentos em que você entendeu que não conseguiu colocar em prática os valores dos quais enche a boca para falar. Amor, perdão, renúncia, dedicação, empenho. Nada disso tem vindo à sua vida como fruto. É como se você fosse uma árvore seca caída ao lado de um riacho de águas cristalinas. A vida logo ao lado, mas você jaz, morta.
Levante sua cabeça para o outro. A revolução já começou! Jeremias, poeta (e profeta) do judaísmo diz algo lindo sobre ser uma árvore plantada ao lado de um rio.
Livro de Jeremias, capítulo 17:8 - Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.
Folhas verdes, raízes fincadas em terra boa. Ações e realizações que fazem a diferença no mundo à nossa volta.
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