quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A eternidade do amor

Esta história do "Ou se ama para sempre ou nunca se amou" é besteira. Amor acaba, como qualquer outro sentimento. Crescemos, mudamos, evoluímos. Pensar que o amor é eterno por ser transforma em estático aquilo que o ser humano tem de mais dinâmico que é sua capacidade de se relacionar com o outro.

Amamos mais de uma vez na vida. E amamos de verdade. Aquele amor prá doer, prá deixar feliz. Podemos amar, também, uma vez só na vida, claro, e estes casos são muito comuns, e lindos exemplos de resiliência de um sentimento. Amor pode ser sequóia que alcança 1000 anos e pode ser laranjeira, que dura dez. Ou pode durar ainda menos, nunca se sabe.

Dizer que só se ama uma vez na vida é desvalorizar todos os outros relacionamentos que se viveu. Amamos errado, é da nossa natureza. Não sabemos fazer isso direito. Deus deixou umas instruções, e tal, mas cada um de nós é de um jeito, então, seguir todos a mesma cartilha é certeza de que perderemos nossas personalidades em detrimento de um modelo estático. Deus não quer isso. Quer que amemos errado, sim, para aprendermos o nosso jeito certo de amar.

Quem quiser amar certo vai se machucar ao longo da vida. Se fechar para o resto da humanidade dizendo que não poderá amar mais é perder tempo e maravilhosas experiências de vida, de derrotas, vitórias e amor. Muito amor.

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