terça-feira, 1 de março de 2011

Violência

João Pessoa passa por um momento delicado. A polícia entrou em greve, e a gente sabe que, quando os gatos saem, os ratos fazem a festa. Uma menina que mora aqui no pensionato acabou de ser assaltada.
O ladrão a seguiu até a porta da pensão e a abordou aqui. Levou uma bolsinha e o celular. Algum policial na rua? Ronda? Patrulha? Nada. Apenas os ladrões soltos, fazendo o que bem entendem da vida da gente.
A problemática da violência não é exclusividade de João Pessoa e nem da Paraíba. Vemos todos os dias, em todos os cantos, os números de assassinatos crescendo acima da população. A impunidade oferecida pela lei brasileira é um motivador para isso. Quantos casos de assassinatos não vemos diariamente sem solução? Outros, ainda, aumentam mais a nossa revolta, quando pensamos que o assassino foi identificado, mas ainda aguarda o processo em liberdade?
Polícia na rua é o bastante? Não. Mas a polícia atuando na repressão e na educação é parte fundamental do processo de segurança. Uma lei mais austera, tribunais mais eficientes e sistema carcerário voltado para a reintegração do elemento são outros pontos fortes na discussão. Pena de morte? Prisão perpétua? Confinamento absoluto? Quais os caminhos que a lei deve tomar?
Eu sei que a ausência da polícia na rua fará com que outra força cresça na Paraíba. o poder paralelo do tráfico, as milícias formadas pelos próprios policiais, seguranças particulares. Todo um repertório que já vimos acontecer em tantos lugares antes daqui. Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás. Sabemos que não é o caminho, mas é isso ou o caos.
Lembro que cerca de um mês atrás um rapaz foi linchado aqui na porta de casa. julguei absurda a atitude da população. Minha opinião continua a mesma. Não temos o direito de efetivar a justiça por nossas próprias mãos. Para isso temos a polícia.
Porém, e se não tivermos a polícia? quem poderá por nós?
Milícias nas ruas? Não demora, acreditem... Não demora...

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