sexta-feira, 22 de abril de 2011

Carta aberta a minha antiga igreja

Amados amigos.

Antes de qualquer coisa, Paz e Bem. Esta saudação, eternizada pelo frei Francisco de Assis, tem a força de desejar que a Paz do Senhor chegue à vida da pessoa e que o bem deste mundo também a alcance.

Estive conversando com minha ex-esposa sobre alguns assuntos. Soube de coisas que andam acontecendo por aí, que, quero acreditar, não são apoiadas pelo apóstolo que lidera esta obra.

Sei de sua preocupação em me proteger. Durante anos o chamei de "pai", considerando que seu papel em minha vida espiritual foi exatamente de paternidade protetora, pastoral, forte e marcante. Hoje não o chamo mais assim, não porque ele tenha deixado de ser digno de receber esta nomenclatura, mas porque sinto que só teria direito de usar este nome se eu ainda seguisse aquilo que ele sempre disse.

Quando me separei de minha esposa, me separei, também, da igreja, infelizmente. Não havia como desvinciliar um assunto do outro.

Mas não foi para falar sobre isso que resolvi escrever esta carta. Minha vida diz respeito a mim, e a mais ninguém. E é sobre isso que quero falar.

Andei sabendo de casais que eram uma bênção têm se separado. Segundo minha ex-esposa, nosso exemplo teria ficado marcado na mente destas pessoas, que resolveram segui-lo.

Quero dizer que não aprovo que estes casais não procurem caminhos alternativos para serem felizes juntos. Se eu fosse mais maduro e mais seguro de mim, certamente que ainda estaria casado com a mulher que durante tanto tempo eu amei e que tem a maior importância na minha vida.

Triste ver famílias lindas, com crianças lindas se destruindo por conta de um mau exemplo dado por mim. No entanto, não aceito a responsabilidade pelos atos dos outros. Eu respondo por mim, quanto aos outros, que respondam por si mesmos.

No entanto, é com tristeza e verdadeira dor que vejo famílias que eu tinha em altíssima conta seguindo o mesmo caminho tôrpe que eu obriguei a minha ex-esposa a seguir. Sim, a decisão da separação foi minha e de mais ninguém. Uma decisão da qual me arrependo em parte. Sem ela, não estaria hoje em João Pessoa, vivendo o sonho de ser jornalista. Porém, se ainda estivesse com minha ex, certamente ainda estaria vivendo um teatro que ideias que não interessa a mim e nem a ninguém.

Portanto, se quer seguir meu exemplo, lembre-se de como eu era com minha esposa. Sempre nos amamos e sempre fomos carinhosos. Eramos considerados o casal mais bonito da igreja, pois tínhamos o outro como prioridade. Não se deixe influenciar por meu egoísmo, e sim pelo autruismo de uma mulher excepcional, que durante anos tolerou meus erros e falhas, e durante anos me amou mais do que tudo, e a mim se dedicou.

Não aceito a separação destes casais. Não aceito ser responsabilizado por nada. Desde já autorizo nosso apóstolo a contar exatamente o que aconteceu comigo. Porque eu me desgarrei do caminho e porque tomei as decisões que tomei, para que vocês entendam o peso que há nas escolhas que decidimos tomar. Não se deixe influenciar por maus exemplos. Guarde o que há de bom dentro de você, e saiba que a mulher que pariu seus filhos é a mulher certa para você. E você sabe exatamente para quem estou falando.

Fiquem na paz e na graça do Senhor Jesus.

João Thiago da Cunha Netto

Um comentário:

  1. É João Thiago de João Pessoa.... Às vezes as pessoas precisam de um puxão de orelhas!! O conteúdo não me diz respeito, não sou membro da Igreja. Mas não posso deixar de falar do texto em si: muito bom! Parabéns!

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