quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Avivamento?



Hoje o Rio de Janeiro está passando por momentos de extrema tensão graças a investida da polícia sobre os morros. Uma verdadeira situação de guerra, envolvendo BOPE, Exército, Marinha, tanques de guerra, imprensa, etc e tal.

Hoje, pastores e pastoras de todo o Brasil, direto da segurança de suas casas, ligaram seus Twitters no 220V mandando orações para o povo carioca.

Alguns pastores do Rio de Janeiro não estavam na cidade misteriosamente, mesmo não tendo agenda fora.

Mas as ovelhas estavam lá, no meio do fogo cruzado.

Até quando nossa hipocrisia nos impedirá de ver que o tal avivamento não é uma "energia que vem do céu", mas uma série de atitudes que deveriam ser a espinha dorsal de uma igreja.

As pessoas pensam que precisam que o poder venha para elas começarem a agir, quando, na verdade, elas precisam agir para que o poder venha.

É o velho paradoxo de tostines, mas envolve, no caso de hoje, uma cidade sitiada por bandidos.

A igreja não está dentro dos muros seguros dos prédios denominacionais. Quando falamos "nossa igreja" estamos nos incluindo em um grupo que pode falar isso, portanto, excluindo todos os que não compactuam da mesma visão.

Sim. A "nossa igreja" não é um termo inclusivo, mas excludente, por fazer com que você participe de algo de que o outro não faz parte.

E se você não a tornar atraente, o outro vai continuar não querendo fazer parte.

Se a igreja quer mesmo ser pertinente no Brasil, é hora de parar de discursar em 140 toques e começar a se mover, ou em 140 anos ainda teremos o mesmo problema que vemos hoje.

Se a igreja continuar a não cumprir seu papel social alguém vai faze-lo e dar a esperança que o povo precisa.

Jesus estará lá de qualquer jeito, esteja a igreja ou não. Pois ele não ama apenas a "nós", mas a todos, independente se creem nele ou não. Ele vai protege-los.

Não sejamos mais hipócritas. Eu não quero saber de suas orações pelo Rio de Janeiro. Não existem "Boas energias", mas sim "boas ações" que podem transformar a cidade maravilhosa.

Não depende de Deus derramar, mas de você agir. Isso é avivamento. Isso é transformação.

Transformação que a maior parte dos pastores não quer. Sair da zona de conforto? Para que?

Orem, sim. Mas façam alguma coisa, pelo amor de Deus!

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