quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O amor e as suas várias faces



Eu amei alguém por muito tempo. Quase dez anos, sabe? É um terço da minha vida. Toda minha vida adulta. Depois de um tempo, não sabia o que fazer com aquele amor. Fui ensinado que o amor é uma coisa estática e extática: Não se modifica e te deixa em êxtase. Me enganei em relação as duas coisas.

Amei outra pessoa, por bem menos tempo. Tão intensamente quanto? Não sei precisar. Amor não é estático, não tem como mensurar. Se a gente estivesse falando de uma linha reta, mas é estrada tortuosa, cheia de meandros e áreas de escape.

Amei antes, também, outras pessoas, e descobri que o amor é um ser vivo. Ele nasce em nossos corações, cresce em nossas mentes, se reproduz (ou não) no coração do outro, cresce mais em ambos e pode morrer a qualquer momento.

Ou não.

O amor pode mudar e se tornar algo diferente, algo mais profundo.

Mas os dois têm que saber que o amor muda. Se apenas um souber disso, esqueça. O amor morre.

Pois, a partir do momento em que ele se reproduz, para continuar vivo, ele precisa de ambos envolvidos nele.

O amor não é eterno, pois eternidade pressupõe imutabilidade. O amor é transitório, grandeza mutante, sentimento que não se enquadra em explicações lógicas e razoáveis. Aliás, o que tem o amor de razoável?

Amor não se mede por intensidade. Não existe uma amperagem certa para se amar, simplesmente amamos, uns de um jeito, outros de outro jeito, mas amamos, todos, buscamos ver no outro um pouco da felicidade que queremos viver em nós.

Instável, ilógico, transitório, mutante. Amor, sim, senhoras e senhores. Amor...

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